O Mito do Colesterol: Ele Não é o Vilão

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O colesterol é fundamental para a vida. Encontra-se em todas as células do corpo e faz parte da membrana da célula, se não tiver colesterol na membrana ela falha a célula morre.

A parte mais importante da célula é a membrana e a parte mais importante da membrana é o colesterol. O colesterol é fundamental para a absorção das vitaminas. Todas as vitaminas precisam do colesterol. Os nossos principais hormônios são feitos a base de colesterol, nosso cérebro é riquíssimo em colesterol e precisa dele. O colesterol não é uma gordura, o colesterol é um lípide e é um esterol.

Nem toda a gordura é um lipídio. O colesterol é diferente de gordura e tão importante para a natureza que, quando Deus criou o Homem, não quis se arriscar e colocou dentro do nosso corpo a capacidade de produzir colesterol. Nós produzimos mais de 80% pelo nosso corpo e quase todas as células do nosso corpo produzem colesterol, 90% é produzido pelo fígado e apenas 20% do colesterol é pela alimentação. Então, mesmo se não consumirmos colesterol na alimentação, nós produzimos em nós mesmos adequadamente.

Você está ouvindo falar muito mal do colesterol, a imprensa científica contamina a mente dos profissionais de saúde e durante muito tempo a gente fica falando mal do colesterol, mas se começarmos a analisar os níveis de colesterol do corpo sabe-se que e o idoso morre duas vezes mais por ter menos colesterol do que por ter muito colesterol. O colesterol baixo faz a célula cerebral crescer, aumenta o índice de demência. Procure nunca ter o colesterol abaixo de 750.

Vocês devem estar pensando “mas e o risco cardíaco?”, sem sentido!

Todos os grandes estudo científicos  não encontraram nenhuma relação entre níveis elevados de colesterol e aumento do risco cardíaco, tanto que os níveis de colesterol estão baixando em toda a sociedade ocidental e o risco de morte por lesão cardíaca não diminuiu. Um dos exemplos que marca bem a questão de tratar ou não o colesterol: um estudo grande acompanhou durante muito tempo e encontrou 115 mortes cardíacas no grupo tratado e 129 mortes no grupo não tratado. Só que o grupo tratado teve 265 mortes em geral e o grupo não tratado teve 165 mortes em geral. Isso demonstra que não há vantagem nenhuma em tratar.

No gráfico abaixo observe que a linha preta é a linha de mortes com problemas cardíacos e a linha vermelha é a linha do nível de colesterol. A esquerda do gráfico temos os “Aboriginals” que possuem o maior nível de morte cardíaca e tem baixo o nível de colesterol. Já na direita, onde se encontra o maior índice de colesterol, nós encontramos um dos menores índices de morte cardíaca, ou seja, não há relação direta entre índice de colesterol e morte cardíaca.

grafico

Como começou essa abominação do colesterol elevado?

Tem dois trabalhos que foram fundamentais. Um deles foi de um patologista russo que alimentou coelhos com altas doses de colesterol, então começou a sacrificar os coelhos e descobriu que eles tinham arteriosclerose e concluiu que o colesterol proporcionou essa doença para o coelho. Porém, o colesterol é produzido através da alimentação de origem animal e o coelho é um herbívoro, ou seja, ele só come ervas. Contudo, dando um alimento gorduroso a um animal herbívoro, vai causar o excesso de colesterol.

No outro trabalho foi onde começou a grande questão. Patologistas também fizeram a necropsia de soldados mortos na guerra da Coréia, os soldados eram jovens. Encontraram em um grande número lesões de arteriosclerose nas artérias, em alguns encontraram até artérias bloqueadas. Porém, nenhum desses soldados tinha histórico de doença arterial obstrutiva. Com isso, começaram a analisar as artérias e encontraram nas artérias muito colesterol. Logo, se tem muito colesterol nas artérias, o colesterol é o culpado da arteriosclerose das artérias.  No entanto, se formos seguir esta analogia, podemos também seguir a analogia de que, sempre que há um incêndio há muitos bombeiros em volta. Logo, os bombeiros são os causadores do incêndio. Não, eles estão ali para apagar o incêndio! A partir daí que começamos a nos dar conta disso.

Estudos mais aprofundados mostraram que a arteriosclerose começa com uma lesão da membrana interna da artéria, chamada endotélio que se inflama e se lesiona. A primeira defesa do corpo que chega nessa artéria lesionada é o colesterol, que vai até lá para bloquear essa lesão.  Depois do colesterol chega cálcio, fibrina, plaquetas e fibrinogênios. Informando a placa ateromatosa. Portanto, o colesterol não é o bandido, o colesterol é o mocinho.

Outro trabalho que foi publicado pela editora JAMA (Jornal da Associação Médica Americana) em 2012. Quem publicou o trabalho foi a editora chefe da JAMA, ela aconselhou de uma forma “formal” que homens saudáveis com o colesterol alto não deviam tomar estatina, pois não há nenhum benefício na mortalidade. Ela citou nesse editorial da revista uma lista grande de para-efeitos que a estatina causa. Não bastando isso, existe outro estudo, o estudo Cochrane, que é um dos estudos mais dignos que existem. Estudou mais de 28 mil pessoas de 100 países e afirmaram proritariamente: Dietas baixas em gordura saturadas não tinham nenhum efeito na mortalidade total e cardíaca. Ou seja, aquilo que nós médicos vinhamos dizendo há muito tempo: Come menos gordura para ter menos problema cardíaco.
Não acontece na verdade. A redução de todas gorduras não diminuem problema cardíaco.

Mas como começou essa história de usar estatina para tratar o colesterol?
Vejam esse anúncio do Lipitor:

anuncio

Neste anúncio diz: “Lipitor diz que reduz o risco cardíaco em 36%”.

Olha como eles chegaram a estes valores:

Dentro do estudo eles deram a estatina para um grupo e não deram pra outro. O Grupo não tratado teve 3 mortes em 100, e o grupo tratado teve 1,9 mortes em 100. Há uma vantagem de 1,1% de vantagem. Você se submeteria a todo esse processo e tratamento por 1,1% de vantagem?
Como eles chegaram a esse 36%? Eles não mentiram, mas veja como mascararam a estatística. Eles dividiram 1,9 por 3, o que resulta em 36%. Disseram que “comparando pacientes tratados com pacientes não tratados há uma vantagem de 36%”. Não é errado, mas é uma maquiagem nas estatísticas.

Outra questão para entendermos é a ganância das empresas farmacêuticas. Naquela época se estabeleceu que pessoas com o colesterol a cima de 240 deveria tratar com Estatina, porém não eram muitas pessoas que tinham esse índice. Portanto, a ciência juntou 9 os principais especialistas de colesterol do mundo e chegaram a conclusão de que o índice para tratar é de 200. Dos 9 especialistas, apenas um era isento, os outros 8 eram contratados de laboratórios e vários desses laboratórios produziam Estatina. Eles ganhavam dinheiro para fazer pesquisa sobre o colesterol, mas estavam contaminados para fazer isso, pois apenas um tinha isenção.

Fizeram outro estudo em 2007 que levantava trabalhos que analisavam o tratamento da Estatina para pacientes com colesterol. Juntaram só trabalhos Classe A. Eram 192 trabalhos que foram divididos em duas partes: Uma era organizado em instituições que recebiam verba do governo, e a outra era verba recebida de laboratórios.
adivinha o resultado final… O grupo que era financiado por laboratório encontrou 20X mais resultados positivos com o uso de Estatina do que o outro grupo. Fica complicado aceitarmos os trabalhos científicos dessa forma.

Quero que você pense seriamente que o colesterol não é nosso inimigo. Nossos maiores pesquisadores dizem que as pessoas com boa saúde e colesterol alto não devem tomar estatina. Quem deve tomar são apenas pacientes com risco cardíaco e colesterol elevado. Pense nisso enquanto eu lhe desejo uma supersaúde.

2 Comentários


  1. Entendo que está comprovado que o colesterol total e o LDL altos não fazem mal à saúde, principalmente se o HDL tambem estiver alto, mas ainda não vi a informaçao de se há um nível máximo desses dois primeiros. 240, 280? Há um limite considerado seguro?


    1. Olá Marcos,
      Há uma controvérsia neste tema.
      Depende da história familiar do estilo de vida que estás adotando.
      Abraços,
      Uronal

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