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Hoje quase todas as crianças estão se alimentando com lixo (junk food) , ou seja, comendo alimentos que provocam danos ao organismo. Estamos destruindo a saúde delas, e nem temos noção disso. Isto ocorre em todos os níveis sociais e culturais, mas é muito pior nas classes menos favorecidas social e intelectualmente.
Esse post foi inspirado em uma reportagem de três páginas de um dos mais importantes jornais do mundo, o The New York Times. Esta reportagem foi publicada no dia 16 de setembro de 2017, e mostra como as grandes indústrias alimentícias do mundo estão estimulando as crianças brasileiras a comerem mal.
O que diz essa reportagem?
Essa reportagem comenta que a Nestlé está na periferia das capitais do nordeste, vendendo sorvetes em carrinhos, comida esta, altamente danosa para as crianças.
E não é nenhuma novidade que elas fazem mal, todos os políticos e governos sabem, mas esses são comprados. Inclusive a reportagem do The New York Times escancara que as indústrias alimentícias deram mais de U$ 158 milhões de dólares para deputados e senadores.
[video_player type=”embed” style=”1″ dimensions=”560×315″ width=”560″ height=”315″ align=”center” margin_top=”0″ margin_bottom=”20″ ipad_color=”black”][/video_player]O que o Junk Food ocasiona no organismo das crianças?
Os americanos criaram o termo Junk Food (comida lixo) que se disseminou para todas as línguas, inclusive para a nossa.
E se alimentarmos nossas crianças com lixo eventualmente, os danos conseguem ser bem reparados. Mas, se dermos essas comidas diariamente os danos começam a se acumular.
No início nada se nota, mas aos poucos observamos que a criança começa:
- Acumular gordura
- Apresentar lesões de pele
- Ter resfriados mais frequentes
- Apresentar vários tipos de doenças
- Diminuir o rendimento escolar
- Começar a apresentar alterações de comportamento (depressão, irritabilidade, déficit de atenção, sinais de autismo)
- Colesterol aumentado
- Pressão alta
- Diabetes tipo 2
Obesidade entre as crianças
Um artigo publicado no New England Journal of Medicine refere que já existe 108 milhões de crianças obesas no mundo, e que o Brasil é um dos primeiros da lista.
No artigo do The New York Times, Sean Westcott, chefe de pesquisa e desenvolvimento de alimentos da Nestlé, admitiu que a obesidade foi um efeito colateral inesperado surgido depois que alimentos processados de baixo custo se tornaram mais acessíveis.
A obesidade não é só problema estético, mas sim um sinal grave de que todo o corpo está doente. O pior é que ela nunca está sozinha, ela sempre vem acompanhada de uma ou mais das doenças.
O vilão da saúde: O açúcar
Você precisa saber também que o açúcar vicia mais que a cocaína e heroína.
Fizeram uma experiência com ratinhos, e diluíram açúcar e cocaína em água e deram para eles beberem. Depois, colocaram a cocaína em um canto da gaiola, e o açúcar em outro, e notaram que os ratos buscavam mais a água com açúcar do que com a própria cocaína.
O açúcar mata mais que cocaína, pois causa mais de 125 doenças degenerativas diferentes que provocarão a mortalidade precoce. Enquanto a cocaína provoca a degeneração cerebral, deixando o cérebro como um pudim, transformando o viciado em zumbis, mas não acelera tanto a mortalidade como o açúcar.
Quase todo o alimento processado industrialmente tem açúcar, eles possuem químicas para viciar o consumidor. Nos salgadinhos existe o glutamato de sódio, que não é apenas um realçador de sabor, ele também desencadeia desejo de comer sempre mais um.
Tão grave quanto o açúcar, as bolachas e os salgadinhos, são os refrigerantes. Eles também geram muitas doenças, e infelizmente são consumidas cada vez em maior quantidade.
Algumas empresas do ramo miram especificamente no público jovem, prova disso foi o que Ahmet Bozer, presidente da Coca-Cola, descreveu aos seus investidores em 2014. Ele havia dito que metade da população mundial não havia tomado uma Coca nos últimos 30 dias, e que 600 milhões de adolescentes ainda não tinham tomado uma Coca na última semana, e que por isso teriam uma enorme oportunidade de faturamento e de lucros.
No entanto, é importante saber que o nosso corpo não precisa absolutamente nada de açúcar, assim como não precisa nada de carboidrato. Qualquer açúcar prejudica aquele que come, nenhum açúcar traz vantagens.
Mas e o adoçante, pode?
Todo o adoçante faz mal, pois tudo que é química prejudica o organismo, mas o adoçante pode ser usado temporariamente para combater o vício do açúcar.
O mel e as frutas são os únicos doces saudáveis, desde que ingeridos em pequena quantidade, porém se a criança tiver alguma doença física, emocional ou até mesmo ser obesa, ela deve evitar os doces das frutas e do mel temporariamente.
E, como reverter o hábito e o vício de comer lixo de nossas crianças?
Você deve parar de comprar o afeto de uma criança com guloseimas. Nenhum dos pais ou avós, mesmo aqueles de nível cultural baixo, tem a ilusão que doces possam ser bom para a saúde, mas mesmo assim vivem oferecendo doces para suas crianças.
Oferecem doces para agradá-las, para que gostem mais deles, para que cumpram tarefas. Toda a vez que um avô tira do bolso uma bala para dar ao neto ele inconscientemente está colaborando para diminuir a vida útil de seu neto. Não existe comida lixo que não faça mal.
É preciso que você acredite e se conscientize de que qualquer comida que você dá para uma criança gera um efeito no organismo.
Nunca abra exceções, por mais que a criança chore, ou use de suas artimanhas. Explique o que ela deve evitar comer e beber. Mas, não impeça que a criança coma doces, por exemplo, em aniversários de outras crianças. Ela ainda não tem a capacidade de resistir à tentação.
Eu sei que diminuir e parar de comer comida lixo é muito difícil. Mas, não é tão difícil quanto se imagina que será.
Se você chegou até aqui nesse artigo, significa que está completamente pronto para iniciar essa batalha de parar de comer comida lixo, e de dar para sua criança.
Espero que você compartilhe esse post para quantas pessoas puder, principalmente para quem tem crianças na família. Faça parte dessa corrente do bem que deseja mudar o nível de saúde do Brasil. Se começarmos a mudar os hábitos de nossas crianças, em algum momento estaremos mudando os hábitos de saúde de todo o Brasil.
E que você tenha uma Supersaúde. Até o nosso próximo encontro.